5.02.2006

mãos

olhava para a palma das suas grandes mãos tentando escrutinar seu destino.
quando teria perdido o rumo não sabia responder.
há muitos anos que houvera perdido o tino,
assim como quem perde a candeia numa noite fria de inverno, ou o guia da escolha dos homens em tempos caóticos. havia ele, a distancia de seu braço, e a alma que lhe pendia da cintura, amarrada por uma corda de vime, arrastada pela penumbra.
nunca compreendera o vagar das linhas, os seus encontros, os seus afastamentos.
perante o seu olhar tudo divergia para lugar incerto.
o seu passado, o seu futuro, tudo a mesma miasma.
de todas as formas de ser a sua era aquela, uma existência volátil.
sorrio e partio, ( há quem diga que terá chegado),
[a]quele lugar desconhecido


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